quarta-feira, 31 de março de 2010

Sr. Informação

A Staatliches-Bauhaus (casa estatal de construção, mais conhecida simplesmente por Bauhaus) foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo uma das primeiras escolas de design do mundo. A escola foi fundada por Walter Gropius em 25 de abril de 1919, a partir da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas com a Kunstgewerberschule. A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de ter passado por diversas alterações em seu perfil de ensino à medida que a direção da escola evoluía, a Bauhaus, de uma forma geral, acreditava que os seus próprios métodos de ensino deveriam estar relacionados às suas propostas de mudanças nas artes e no design.

Um dos objetivos principais da Bauhaus era unir artes, produzir artesanato e tecnologia. A máquina era valorizada, e a produção industrial e o desenho de produtos tinham lugar de destaque. O Vorkurs (curso preparatório) era um curso exigido a todos os alunos e ministrado nos moldes do que é o moderno curso de Desenho Básico, fundamental em escolas de arquitetura por todo o mundo.

Não se ensinava história na Bauhaus durante os primeiros anos de aprendizado, porque se acreditava que tudo deveria ser criado por princípios racionais ao invés de ser criado por padrões herdados do passado. Só após três ou quatro anos de estudo o aluno tinha aulas de história, pois assim não iria influenciar suas criações.


Com esse objetivo, o professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Salomão Ribas Gomez trouxe a idéia para a discilplina de História e Evolução do Design, de fazer design com apenas um material: jornal. Entendendo-se assim, na prática o método da Escola Bauhaus.


- Criou-se primeiramente através da idéia de que muita informação, não traz informação alguma, o Sr. Informação:


- Após, foi feita uma intervenção na parede da sala de aula com muitas páginas de notícias, matérias, propaganda...



- Objetivo final: colocar o Sr. Informação diante da parede criando uma mistura.



- Resultado, o homem some no meio de tanta informação.



terça-feira, 23 de março de 2010

Luminárias

"Light Drop" criação do designer Rafael Morgan, foi criado para fazer as pessoas pensarem no elemento água como a fonte principal de energia para toda a vida neste mundo.



Negrito


Cansados do padrão de mercado dos bulbos da lampadas fluorescente compactas, este grupo de designers resolveu tirar aquela velha aparencia dos modelos comercializados atualmente, para trazer "vida" e "animo" à essas lâmpadas, através de um protótipo inicial pretendem desenvolver diversos outras formas revolucionando este mercado.





O design de luminárias no Brasil nunca esteve tão forte quanto atualmente, onde grandes nomes despontam tal como do designer Fernando Prado com suas criações para a Lumini, e com grande reconhecimento internacional devido as premiações recebidas do iF Awards, de suas luminárias, como também o caso do projetor de led da fabricante Everlight.

Com isso há também a tendência do arquiteto desenhar suas luminárias para adequação aos projetos de interiores por eles desenvolvidos.

O sucesso do design japonês

O design japonês vem aumentando consideravelmente no mundo dos negócios. Uma pesquisa recente do Instituto Marubeni mostrou que as exportações culturais do país (filmes, livros, músicas e outros itens) triplicaram num período de dez anos. Aumentaram de 5 bilhões para 15 bilhões de dólares. O lado mais visível desse salto são os desenhos animados. Estima-se que 60% de todos os cartuns vistos na televisão sejam de origem japonesa.
A influência de artistas e produtos japoneses se faz sentir nas mais variadas indústrias. Na moda, o artista plástico Takashi Murakami virou sensação. Designer da Louis Vuitton, Murakami é o autor de uma linha de bolsas que rende hoje para a empresa francesa cerca de 300 milhões de dólares por ano.

terça-feira, 16 de março de 2010

Cadeira Thonet




Michael Thonet (1796-1871), nasceu em Boppart am Rhein, na Áustria onde montou seu primeiro atelier. Fundou a empresa Thonet em 1819 para produção de seus próprios projetos. Registrou sua primeira patente para moldagem de madeira laminada em 1842.

Michael Thonet participou da história do mobiliário do século XIX por suas perfeitas formas curvas feitas com madeira, matéria-prima padrão de seu trabalho. Ele conseguia o formato curvilíneo por meio de um processo de aquecimento e molde da madeira – patenteado em 1856, tornando-o o maior e melhor produtor de madeiras curvas. Além disso, havia outra particularidade no mobiliário Thonet: as cadeiras eram desmontáveis. Isso traduzia bem o conceito da Revolução Industrial, que estava em seu apogeu na época. Outra característica marcante de seu mobiliário é o “estofamento”. O encosto e o assento são geralmente feitos de palha entrelaçada. Suas “cadeiras de vovó” revolucionaram o sistema de produção e trouxeram um conceito novo do sentar. Com 150 anos, mas com corpinho e design atual.

A primeira cadeira produzida em massa nasceu em 1859, na cidade de Viena na Áustria, pelas mãos de Michael Thonet. Seu design simples, funcional e econômico resistiu ao tempo. Hoje, aos 150 anos, o modelo 214 (como é conhecida a primeira Thonet) continua mais atual do que nunca. A madeira envergada e o assento de palha sempre foram os trunfos da marca. Além disso, o modelo de junções parafusadas permitia que a cadeira fosse montada e desmontada facilmente, o que facilitava a exportação. A peça passou a ser sinônimo de elegância e conquistou, além de casas, muitos bares e restaurantes ao redor do mundo. A empresa, sob comando da quinta geração da família, ainda produz móveis assinados por Michael Thonet, mas nada faz tanto sucesso quanto o design do modelo 214.

"A cadeira virou objeto de desejo desde o momento em que foi lançado no mercado e continua assim até hoje", conta o empresário Wilson Gruman, sócio da Isto é Brasil, loja que representa a marca em São Paulo. Segundo Gruman, atualmente existem variações do modelo, mas a essência Thonet continua a mesma. É possível encontrar o modelo na cor dourada, amarela, vermelha, azul, entre outros tons." 




Fonte: http://everythnigdesign.blogspot.com/2009/10/cadeira-thonet.html

quarta-feira, 3 de março de 2010

Design – Sapatos femininos





O designer Marte den Hollander criou o que pode ser o paraíso da vaidade feminina e o purgatório dos ortopedistas. O sapato foi premiado com o “Best Graduate 2006 na Faculty of Industrial Design”.

Com apenas um movimento, o salto vira para baixo.



Fonte:


Concurso internacional de design de óculos


A associação Lunetiers du Jura está com inscrições abertas até o dia 15/03 para o seu concurso internacional de design de óculos, cujo tema é “Un vie de lunettes” ou “A vida de um óculos”. O objetivo é desafiar os participantes a fazer um par de óculos examinando todo seu ciclo de vida. Eles sugere que “Pense fora da caixinha e não se concentre na abordagem estilítica. Conte a história da armação, antecipe os pontos altos de sua existência, desde sua gestação (quando é desenhado), nascimento (processo de manufatura), infância (como é vendido), os altos da vida (seu uso), até sua morte e depois…”

Os prêmios para os três primeiros colocados: € 4 mil, € 2.300 e € 1.500, além da confecção do protótipo. O resultado finalíssimo e a premiação acontece em 24 de setembro.




Mais informações (em inglês):

http://www.design-jura.com/concours2010.php

Fonte: Sinal ESDI 324








Design de Óculos

Óculos também são design. Pelo menos foi nesta idéia que o francês Alain Mikli apostou no final da década de 1970, quando, aos 23 anos, recém formado em óptica, fundou a Mikli Diffusion. Era o início de uma carreira internacionalmente reconhecida, de uma revolução no campo óptico e de um novo nicho para o design -os óculos deixavam de ser uma espécie de prótese para se transformar em objetos essenciais para quem deseja ver e ser visto.

Século XVIII

Muito antes de serem considerados produtos de design, os óculos tiveram diferentes tipos de status ao longo da História. Na verdade, a própria origem dos óculos é controversa, o que torna impossível creditar o mérito da invenção a uma única pessoa. O correto é afirmar que inúmeras pessoas anônimas, tanto no Oriente quanto no Ocidente, contribuíram, gradativamente, para o aperfeiçoamento deste instrumento visual.

Mesmo com as versões dissonantes, não há dúvidas de que as tentativas de enxergar mais e melhor são parte da história da humanidade. Por volta de 500 a.C., o filósofo chinês Confúcio registrou a existência de lentes rudimentares, às quais eram atribuídas propriedades medicinais e mágicas, como a de prolongar a vida das pessoas. Eram amuletos, mas não eram, ainda, acessórios visuais.

O astrônomo, geógrafo, matemático e físico egípcio Ptolomeu até descobriu as leis ópticas sobre a refração da luz no início da era cristã, mas só alguns séculos depois, na Idade Média, é que monges desenvolveram a “pedra de leitura”, uma espécie de lupa que aumentava o tamanho das letras. Por volta de 1267, o monge franciscano inglês Roger Bacon, conhecido como Doctor Mirabilis, provou que pessoas com deficiência visual enxergavam melhor através de lentes lapidadas.

Meados do século XIX

O único problema era o quê ler. Problema esse resolvido por Gutenberg, em 1445, ao inventar a imprensa. Começava, então, a Renascença, época de efervescência intelectual e cultural e, conseqüentemente, de elevado desenvolvimento técnico e científico. A imprensa de Gutenberg rapidamente se espalhou pela Europa, retirando os livros do domínio exclusivo da Igreja. Neste aspecto, a invenção dos óculos foi essencial, já que eles possibilitavam a leitura das pequeninas letras que surgiram nos impressos tipográficos.

Fim do século XIX

Os óculos, a partir de então, passaram a simbolizar cultura, grande saber e erudição. Eram, também, sinônimo de nobreza. Os pioneiros na fabricação de lentes de cristal lapidado foram os vidreiros de Veneza. Eles aproveitaram as técnicas e o conhecimento adquiridos pelos talentosos trabalhadores da arte vidreira desenvolvida na vizinha cidade de Murano. Na seqüência, outras cidades da Europa - tais como Nuremberg e Augsburg na Alemanha, e Rouen e Flandres na França - também começaram a produzir óculos, ou melhor, jóias da visão.

Os óculos eram considerados como jóias porque eram raros e caríssimos. As peças chegavam a ser relacionadas em inventários de bens de família e deixadas em testamentos como herança. Esta atitude foi tomada, inclusive, pelo rei francês Carlos V (1364-1380), conhecido como O Sábio. Esses primeiros óculos auxiliavam apenas nos problemas de visão de perto, ou seja, eram utilizados para a leitura e corrigiam os problemas de presbiopia ou “vista cansada”. Aos poucos, começaram a corrigir também a hipermetropia.

Anos 40

À medida que evoluíam as lentes, o mesmo foi acontecendo com as armações. No início, não existiam óculos como conhecemos na atualidade. As armações eram, na verdade, monóculos feitos para amparar uma única lente. Mais tarde vieram os primeiros modelos de duas lentes, presos no meio por um rebite, que se abriam ou fechavam em forma de “V”. O usuário precisava apoiar os óculos no dorso do nariz, já que eles não possuíam hastes laterais.

Os exemplares de óculos considerados mais antigos, contendo armações com duas lentes, fazem parte do acervo do Museu de Nuremberg, na Alemanha. Acredita-se que eles pertenceram ao burgomestre - cargo semelhante ao de prefeito - da cidade de Nuremberg que viveu de 1470 a 1530. Esses óculos são constituídos de duas lentes biconvexas, redondas e unidas por uma sólida peça de couro. Com o passar do tempo, o couro foi dando lugar às armações feitas em madeira, chifre, casco de tartaruga, osso, marfim e alguns metais como ferro, prata, ouro e outras ligas.

Anos 50

Em 1939, o nylon foi lançado na Feira Mundial de Nova York e logo se tornou um excelente material para os óculos. Outros compostos sofisticados, além do nylon, também fizeram e fazem diferença. É o caso dos plásticos, das resinas e dos policarbonatos. A busca por materiais leves, resistentes, confortáveis e fáceis de serem trabalhados é constante. Um metal que conjuga todas essas características é o titânio, uma das tendências atuais.

Conforto é um conceito relativamente novo nos óculos, ainda mais se pensarmos nos primeiros exemplares, aqueles que sequer possuíam hastes laterais e ficavam apoiados sobre o nariz. O modelo pince-nez, por exemplo, era constituído por uma ponte fixa que se prendia ao nariz. Outro modelo é o lorgnon, tipo que ostentava uma haste lateral inferior para segurar com a mão.

Anos 60

Em 1730, surgiram as hastes laterais rígidas para se apoiar nas orelhas. Posteriormente, foram inventadas as hastes laterais com angulação para melhor apoio e fixação atrás das orelhas. Já as hastes laterais dobráveis apareceram em 1752, na Inglaterra.

Os óculos evoluíram e ficaram mais acessíveis, até que em certo momento o status de objeto nobre foi substituído pelo de prótese. Conseqüentemente, os instrumentos utilizados no auxílio da visão tornaram-se uma necessidade incômoda e indesejada, sem nenhum charme. Foram os desfiles de moda, a partir da metade do século XX, que resgataram o glamour dessas rejeitadas peças.

Anos 70

Os fabricantes começaram a licenciar as grifes de costureiros famosos e, assim, a moda elevou os óculos à condição de acessório nas coleções. As peças deveriam ser renovadas a cada estação, do mesmo modo que as roupas. Casas de moda como Armani, Valentino e Chanel investiram massivamente nesse filão.

Nos anos de 1980, o processo de valorização do design no universo dos óculos intensificou-se, estimulando o consumo de acordo com as últimas tendências. Mas foi somente nos anos de 1990 que se instalou a “febre” dos óculos de design. Atualmente, é possível identificar uma diferença entre os óculos de design e aqueles que levam a assinatura de grifes. Enquanto as grifes fabricam milhões de exemplares e os espalham por todo o mundo, os óculos de design são exclusivos, uma vez que são produzidos em pequena escala, por meio de técnicas tradicionais de fabricação. Além disso, a identidade única imposta pelos designers a essas peças é um dos principais diferenciais.

Anos 80

O design de óculos ainda não é explorado pelos designers brasileiros, mas o óptico francês Eric Gozlan, radicado no Brasil, dá a dica de que a área é promissora e merece atenção. O grande sinalizador deste movimento é Philippe Starck. O arquiteto francês, em parceria com o óptico Alan Mikli, desenvolve a linha Starck Eyes, que sintetiza o conceito de biovisão - óculos que buscam inspiração no corpo humano. Além da dupla, designers alemães, franceses e japoneses se dedicam cada vez mais à área.


Fonte: Website: http://www.abcdesign.com.br